O mercado de Foodservice, que abrange toda a cadeia de alimentação preparada fora de casa, é um setor dinâmico e crucial para a economia brasileira. Compreendendo desde grandes redes até pequenos estabelecimentos independentes, como restaurantes, padarias e bares, o segmento tem apresentado um crescimento significativo e diversas transformações ao longo dos anos. Estudos recentes revelam dados importantes sobre o número de estabelecimentos, o impacto da inflação, tendências de consumo, e as expectativas de crescimento para 2024, refletindo o otimismo e os desafios enfrentados por empresários do setor.
Confira, neste conteúdo, dados do mercado foodservice brasileiro, como números do setor, expectativas para o seguimento, a relação da Inteligência Artificial com o foodservice e muito mais.
O termo Foodservice é utilizado para definir toda a cadeia da alimentação preparada fora do lar. Indústrias, distribuidores, atacadistas eoperadores de todos os tipos das redes aos independentes, como restaurantes, padarias, confeitarias, cafeterias, bares etc.
Em estudo realizado pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB),em parceria com a Driva, mostra que, entre julho e outubro de 2023, o Brasil possuía 1,6 milhão de estabelecimentos ativos no setor de Foodservice. O segmento de lanchonetes liderou em número de unidades em atividade, com total de cerca de 227 mil pontos no País. Já o segmento de bares ocupou a segunda colocação, com 144,36 mil unidades.
Já a pesquisa Crest, realizada pela Mosaiclab em parceria com o IFB, indica que as refeições fora de casa diminuíram durante o segundo trimestre de 2023, no qual houve uma queda de 5% no número de visitas, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O setor registrou um total de 3,1bilhões de visitas, com gasto total de R$ 59,9 bilhões.
Mesmo com a queda de 34% no faturamento total do setor em 2020 por conta da pandemia. Em 2021 houve uma recuperação de 18% e em 2022 o setor atingiu o mesmo patamar de 2019. Em 2023 andou de lado, com crescimento de apenas 1%.
Em 2024, o segmento de Foodservice segue com otimismo, porém com senso de realidade aguçado. Ainda há uma massa importante de empresários endividados, especialmente, os de operações independentes, mas as grandes redes mais estruturadas têm tido sucesso e com expectativa de expansão e decrescimento para este ano. Para 2024, segundo o time de inteligência de mercado da Gouvêa Ecosystem, a projeção de crescimento do segmento é de 5% em um cenário conservador e 7% em um cenário otimista.
O consumidor ainda está extremamente sensível a preço e, apesar da massa salarial estar maior do que em anos anteriores, o poder de compra do brasileiro está reduzido. Com o impacto da inflação na alimentação fora do lar, as pessoas acabam optando por fazer refeições dentro de casa.
O segmento de produto veganos e vegetarianos teve um boom entre 2018 e 2019. Famosas lanchonetes trouxeram para os seus cardápios produtos plant based e marcas alimentícias levaram aos supermercados opções de congelados veganos, assim como, ocorreu o surgimento das novas marcas de leites vegetais. De acordo com os resultados de uma pesquisa realizado pelo Ibope DTM a pedido da Archer Daniels Midland, 52% dos consumidores brasileiros se identificam como flexitarianos. Entre 15 a 18% dos entrevistados, se dizendo vegetariana ou vegana.
Em 2020, com a pandemia, o consumidor ficou com um sentimento de restrição, que gerou nas pessoas a vontade de consumir produtos variados, criando assim em uma desaceleração do consumo dos produtos plant based. Desta forma, a indústria, que investiu no plant based, ainda está aguardando o aumento do consumo.
Os chefs de restaurantes de alta gastronomia, nos últimos dez anos passaram a abraçar o conceito e, nos últimos cinco anos as opções veganas e vegetarianas ganharam mais sofisticação a partir das técnicas aplicadas por esses renomados profissionais, ganhando cada vez mais espaço nos cardápios.
Dentre as principais razões para o crescimento, destacamos:
O cliente deseja reduzir ao máximo o atrito seja em um restaurante, em loja ou online. A entrega humanizada vai ser avaliada e validada pelo cliente como um grande diferencial - Cristina Souza, CEO da Gouvêa Foodservice
No Foodservice, a Inteligência Artificial está aplica em diversos processos, como por exemplo:
As questões ligadas a pedidos e pagamentos são muito importantes, pois são momentos críticos de potencial na jornada do consumidor. E, por meio dos dados, os estabelecimentos conseguem prever o comportamento do consumidor e também avaliar sua experiência no local, tendo a possibilidade de criar estratégias para tornar a experiência do cliente cada vez melhor.
É possível adicionar tecnologia para leitura da expressão facial do cliente desde sua entrada na loja, momento do pedido e sua interação geral. Sem sua identificação personificada, somente suas expressões.
Com a captação de dados dos clientes, realizações de pesquisas e acompanhamento do seu comportamento a inteligência artificial é possível entender as preferências deste cliente: o que ele gosta, de que modo quer, quais são suas restrições, entre outras informações. Isto pode favorecer a melhoria e a customização da experiência.
Os principais desafios em relação ao uso de IA no foodservice são:
Exportar alimentos para outros países é desafio para qualquer indústria. No entanto, o segmento de alimentos tem uma questão adicional para lidar: manter a estrutura do produto e sua qualidade no transporte de um país para outro. Veja abaixo alguns pontos importantes que as indústrias alimentícias devem levar em consideração ao planejar atingir novos mercados.
No auge da pandemia, o delivery atingiu um patamar de 21% em relação ao tráfego total do mercado de foodservice. Atualmente, esse número é de 15%.
A vantagem do canal digital é a possibilidade de o estabelecimento atingir clientes que talvez não fossem na sua loja. Por outro lado, o cliente digital tem mais opções do que o presencial, por isso, a concorrência é alta e a expectativa do consumidor também é.
O advento das marcas 100% digitais ocorreu com aceleração tecnológica que se deu com a pandemia. Desta forma, muitos estabelecimentos de alimentação fora do lar passaram a atender os clientes exclusivamente pelo uso de aplicativos ou site.
No universo dinâmico da educação corporativa, o Grupo Boticário está liderando uma revolução com o Connect, seu Programa de aprendizagem gamificado e conectado, desenvolvido na plataforma gamificada de treinamentos da Benkyou, empresa da Gouvêa Ecosystem.
Leia MaisBruna Pavão, sócia-diretora da SaudaBe, empresa da Gouvêa Ecosystem, esteve presente na Naturaltech e compartilhou insights valiosos sobre o que está moldando o futuro da saudabilidade.
Leia MaisMarcos Gouvêa, diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, compartilha insights sobre o impacto da tecnologia digital e da inovação no cenário varejista asiático no Retail Trends Pós-NRF Ásia Pacific.
Leia MaisO termo Foodservice é utilizado para definir toda a cadeia da alimentação preparada fora do lar. Indústrias, distribuidores, atacadistas e operadores de todos os tipos das redes aos independentes, como restaurantes, padarias, confeitarias, cafeterias e bares.
Leia MaisFale com um de nossos especialistas e descubra o universo de possibilidades e inovação que a Gouvêa Ecosystem pode oferecer ao seu negócio.